Maldivas – Tudo que você precisa saber

Pode se beliscar! Não é um sonho!

Conhecer as Maldivas é um sonho pra muita gente (era o meu), mas o que nem todo mundo sabe é que existem várias formas de conhecer as Maldivas, e algumas variáveis que podem fazer muita diferença na sua viagem e no seu orçamento. Segue o fio!

Informações Gerais

As Maldivas são uma nação tropical no Oceano Índico, composta por 26 atóis. Sua capital é Malé, mas a capital em si não tem atrativos turísticos: e nos atóis privados dos resorts de luxo que a magia acontece.

A moeda local é a Rúpia Maldivana, mas nos hotéis a única moeda utilizada é o dólar. Você não vai precisar trocar nem uma única rúpia na sua viagem.

A língua oficial é o Dhiveli, mas nos hotéis todos falam inglês.

Brasileiros não precisam de visto, mas precisam de certificado de vacinação contra febre amarela.

Não existem voos direto do Brasil. Você vai precisar fazer conexão nos Emirados Árabes, na Europa ou na própria Ásia.

O fuso para o Brasil é de 8 horas.

Quando ir?

As Maldivas são um país quente o ano todo, com temperaturas que variam entre 26º e 31º (a água do mar também é quente o ano todo), então temperatura nunca será um problema. O que pode vir a ser um problema são elas, as temidas chuvas.

Isso porque nas Maldivas ocorre o famoso clima de monções, que traz chuvas e ventos fortes no período de maio a outubro. A visibilidade do mar também tende a diminuir nesse período, então pode ser que você não seja recebido por aquele mar azul turquesa ofensivo para os demais mares. Isso quer dizer que viajar nesse período será um desastre? Não necessariamente. Você pode dar sorte e pegar só dias de sol, mas as chances de pegar pelo menos algum dia de chuva é maior. O lado bom de viajar nesse período é que os preços costumam cair bastante, e muitos resorts fazem promoções. Tenho alguns amigos que viajaram nessa época e não se arrependem (pegaram apenas um ou outro dia de chuva).

Por outro lado, de novembro a abril é a época seca. As chances de você pegar só dias lindos aumentam muito, e junto com elas aumentam os preços.

Eu optei por viajar na época seca (fui em fevereiro), já que era a viagem da minha vida e não queria dar chance ao azar. Fiquei 5 dias ao todo, e peguei apenas uma manhã de chuva (de tarde o sol abriu como se nunca tivesse chovido).

Fun fact: o sol nas Maldivas queima mais do que em outros países. Isso porque, por estar próximo à linha do equador, os raios solares incidem a um ângulo de quase 90º.

Quanto tempo ficar?

Olha, eu diria que pelo menos 3 dias. A viagem é muito longa e cara para ficar menos que isso, pois o primeiro dia você gasta se ajustando ao fuso e trazendo seu corpo de volta à vida depois de uma viagem insana de longa (no meu caso foram 30 horas ao todo).

Idealmente, diria 5 dias. É o suficiente para você ajustar o fuso e desconectar da vida no paraíso. Se você quiser passar mais de 5 dias, já acho que vale a pena você dividir a estadia em mais de um hotel, mas vamos falar disso mais a diante.

Onde se hospedar?

Aí é que mora o pulo do gato. Existem basicamente duas formas principais de visitar as Maldivas: a forma convencional, que é ficando um resort de luxo, e a forma low budget.

A forma convencional é se hospedando em um dos vários hotéis de luxo. Em geral, os hotéis ocupam seu próprio atol privado (espécie de micro ilha), que você pode acessar de barco a partir de Malé, capital das Maldivas e de onde saem os voos internacionais, ou de hidroavião. Os hotéis em geral ocupam o atol inteiro, e você só pode acessar se for hóspede.

A forma low budget é se hospedando em uma ilha local, onde os nativos moram. Você pode se hospedar numa pousada familiar ou até mesmo num hotel cápsula (alguns com diárias a R$ 155), comer em restaurantes locais (tem PF por R$ 15) e fazer os passeios até as ilhas públicas (cerca de 30 USD por pessoa). Pontos para se ter em mente: as Maldivas são um país muçulmano, então em muitas das praias públicas não é permitido usar biquíni nem consumir bebida alcóolica. Isso não se aplica aos resorts.

Depois de muito pesquisar, optamos pelo hotel Grand Park Kodhipparu, e alguns foram os fatores que levaram a essa decisão: (1) o hotel é acessível por barco. Os hotéis mais distantes são acessados apenas por hidroavião, e o custo disso é altíssimo. Ou seja, optar por um hotel mais perto de Malé e que dê pra ir de barco representa uma grande economia; (2) boas avaliações no Booking e Hoteis.com; (3) a maioria dos quartos é de bangalô sobre as águas, que era o que queríamos.

E o all inclusive? Vale a pena?

Olha, eu diria que provavelmente não. No nosso hotel, o all inclusive custava R$ 1.000 por dia por pessoa. Mesmo as comidas e bebidas sendo caras, dificilmente você vai chegar nesse valor por dia. Pra não dizer que não chegamos nunca, meu marido fez valer o all inclusive apenas em um dos dias, que fez questão de almoçar 3 vezes e beber até não poder mais.

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